O Laboratório Sala de Roteiristas tomou uma iniciativa muito interessante, e decidiu abrir inscrições para o mais novo curso gratuito para mulheres iniciantes no audiovisual. De acordo com o formulário de cadastro:

 

“O  Laboratório – Sala de Roteiristas tem como objetivo proporcionar, na modalidade de ensino à distância (EAD), um espaço de formação para escrita de roteiros audiovisuais desenvolvidos por  mulheres roteiristas iniciantes.

 

O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia – Funceb (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal. 

 

O processo seletivo para a participação no Laboratório – Sala de Roteiristas, abrigará 3 (três) turmas de formação com no máximo 20 (vinte) participantes em cada. As turmas serão divididas por gênero audiovisual: FICÇÃO DE ANIMAÇÃO, FICÇÃO LIVE-ACTION e DOCUMENTÁRIO. A metodologia a ser aplicada envolve estudos e práticas de escrita de roteiros de filmes curtas-metragens.

 

A formação é gratuita e acontecerá no período de 22/02 a 09/04 de 2021 em formato de OFICINAS de criação, com duração de 24 (vinte e quatro) horas-aula, distribuídas em 8 (oito) encontros online realizados através de plataforma de videoconferência.”

 

Você pode conferir o formulário completo e fazer sua inscrição clicando aqui.

A história das mulheres no cinema é de longa data, apesar de sempre ofuscadas pela sociedade patriarcal, elas resistiram e trouxeram grandes obras de reflexão sobre a forma como a humanidade se organiza. Grandes nomes femininos marcaram história nesse meio, são alguns deles:

 

Alice Guy Blaché (1873-1968)

De acordo com o site hypeness “Antes que alguém tivesse feito qualquer coisa, a diretora francesa Alice Guy-Blaché já tinha feito de tudo. Tendo atuado como diretora entre 1894 e 1922, ela não só é a primeira diretora do cinema francês, como provavelmente a primeira mulher a dirigir um filme na história, e uma das primeira pessoas a ser reconhecida como diretora no mundo – para além do gênero. Tendo dirigido nada menos que cerca de 700 filmes em sua carreira, Alice também produzia, escrevia e atuava em seu trabalho. Muitos de seus filmes desapareceram no tempo, mas diversos ainda podem ser vistos. Em 1922 ela se divorciou, seu estúdio foi à falência e Alice nunca mais filmou novamente. Muitas das técnicas desenvolvidas por ela, no entanto, até hoje são padrões essenciais para a feitura de um filme.” 

 

Cléo de Verberana (1909-1972)

Verberana se tornou a primeira mulher brasileira a dirigir um filme conhecido após iniciar sua carreira como atriz em 1922, O Mistério do Dominó Preto. Cleo também produziu e estrelou o filme. Um ano antes, ela e o marido fundaram e trabalharam na produtora Épica Films em São Paulo. Após a morte do marido em 1934, ela fechou a produtora e deixou o cinema. No entanto, seu nome tem uma marca indelével na história do cinema brasileiro.

 

Adélia Sampaio 

Ainda de acordo com o site hypeness, “O fato do nome de Adélia Sampaio não ser imediatamente reconhecido não só na história do cinema brasileiro como na própria luta por igualdade social, de gênero e racial no Brasil diz muito sobre a importância de seu trabalho. Filha de empregada doméstica e de origem pobre, Adélia Sampaio tornou-se, em 1984, a primeira mulher negra a dirigir um longa-metragem no país, com o filme Amor Maldito – que Adélia também produziu e escreveu. A quase inexistente presença de mulheres negras no próprio imaginário social a respeito do cinema brasileiro ilustra o injusto apagamento que a história cometeu contra Adélia e tantos outros nomes, mas ao mesmo tempo sublinha a força de seu trabalho, que segue, hoje, carregando dezenas de curtas e longas metragens em sua carreira.”

 

O cinema é diverso e considerado por muitos, a sétima forma da arte. Essa diversidade revela a face oculta da humanidade em forma de expressão audiovisual, as culturas, tradições, preconceitos e o próprio desenvolvimento social pode ser visto no decorrer das décadas. É isso que torna o cinema tão belo, contar histórias e transformar sonhos nos gera uma autorreflexão sobre nós mesmos. 

 

As inscrições do curso ainda estão abertas! Corre pra não perder! Quem sabe você não é a próxima Adélia Sampaio do cinema.

 

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