Não é novidade que o Itaú Cultural tem cativado um espaço de peso em meio ao cenário de democratização do acesso à cultura no Brasil. A iniciativa apresentada ao público ainda este ano é o Itaú Cultural Play, plataforma de streaming gratuita e exclusiva do cinema brasileiro que promete levar cinema e entretenimento a todos que tenham acesso à internet.

O Itaú Cultural Play está se estabelecendo como um lugar de encontro com o cinema e o audiovisual nacional, com filmes de todos os estados e de várias vertentes temáticas e de linguagem. Com cerca de 135 curtas e longas metragens selecionados pela curadoria do site, a rede busca a horizontalização das discussões de variadas narrativas trazendo obras que abarcam os principais temas de diversidade. Essa mentalidade é um dos principais pilares da plataforma, que busca entregar aos espectadores um catálogo recheado de tudo o que há na pluralidade do país. A cada 15 dias novas produções serão adicionadas ao streaming, cumprindo o compromisso de ampliar o acesso à cultura brasileira com um vasto acervo audiovisual. 

Além disso, os filmes são disponibilizados com informações sobre as obras, sinopses e “porque ver”, auxiliando o público a fazer descobertas, a entrar em contato com as obras de forma contextualizada e aumentando a sensação de imersão do espectador. A plataforma também promove acesso aos conteúdos do próprio Itaú Cultural em seus diferentes canais, como a Enciclopédia, o site, a página no YouTube e os podcasts que produz.

Clássicos, obras premiadas e produções independentes fazem parte do acervo, como Remo Usai – um músico para o cinema (2008, de Bernardo Uzeda), Casa de cachorro (2001, de Thiago Villas Boas), Dormentes (2003, de Ines Cardoso), Capistrano no quilo (2007, de Firmino Holanda), Deus e o diabo na terra do sol (1964, de Glauber Rocha), O dragão da maldade contra o santo guerreiro (1969, de Glauber Rocha), Pátio (1959, de Glauber Rocha), Garrincha, alegria do povo (1962, de Joaquim Pedro de Andrade), Isto é Pelé (1974, de Luiz Carlos Barreto e Eduardo Escorel) e Mané Garrincha (1978, de Fábio Barreto).

Grande parte do acervo já circulou em notórios festivais, como o É Tudo Verdade, In-Edit Brasil e Forumdoc.bh – Festival do Filme Documentário e Etnográfico de Belo Horizonte. Além de exibir seu próprio catálogo de conteúdo, o Itaú Cultural Play pretende ser um hub para outras instituições. Dessa forma, a plataforma articulou diversas parcerias como a Festa Internacional Literária de Paraty (Flip), a São Paulo Companhia de Dança, os Institutos CPFL e Alana, e alguns canais de televisão como Arte1 e TVE/Bahia.

A plataforma poderá ser acessada em smart TVs, no celular, no computador, em tablets ou qualquer outro equipamento com acesso à internet até setembro de 2021. Além disso, pode-se esperar também a entrada de programas de televisão no catálogo, além de diversos outros títulos de notoriedade do cinema brasileiro.

Para realizar o cadastro, é necessário que o usuário seja residente do Brasil e que seja maior de idade. A Itaú Cultural Play oferece conteúdos diversos para toda a família, todos os filmes possuem a sinalização da respectiva classificação indicativa e os descritores de conteúdo. A curadoria de filmes é organizada pela equipe do Itaú Cultural. Ao todo, o catálogo inclui 16 mostras temáticas, 56 longas-metragens, 50 curtas-metragens, 36 ficções, 69 documentários e 15 filmes de animação para adultos e crianças.

Apesar da gratuidade da plataforma, o diretor do Itaú Cultural não descarta a possibilidade de que no futuro, lançamentos do Itaú Cinemas possam ser monetizados na rede. Entretanto, o objetivo é que a maior parte do seu conteúdo permaneça gratuito para os usuários e dessa forma, o Itaú Cultural Play possa continuar contribuindo para a valorização da cultura de uma sociedade tão complexa e heterogênea como a brasileira.

 

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