As objetivas são componentes essenciais para a execução de qualquer fotografia e vídeo, elas podem variar de tamanho, tipo, preço, entre outros fatores dentro de suas estruturas complexas que as tornam únicas para cada tipo de produção. E nosso artigo de hoje é justamente sobre isso, os tipos de lentes e como elas modificam a imagem de acordo com a intenção de quem as usa. O ponto mais importante que as diferencia de fato, é a distância focal (que nada mais é do que a distância do ponto de convergência dos raios de luz, até o sensor da câmera em milímetros), quanto menor essa distância, maior o ângulo que será abrangido por essa lente trazendo uma impressão de espaço. Se a milimetragem for grande, haverá uma aproximação do assunto, e uma sensação de menor espaço devido ao ângulo mais limitado dessas lentes.
No geral, a estrutura dessas lentes é construída de maneira a reproduzir o comportamento do olho humano, na qual os raios de luz passam invertendo a imagem. No nosso caso, o cérebro interpreta esses raios de luz ‘desvirando-os’, já na câmera isso ocorre dentro da estrutura da própria lente.

Objetiva Normal
A objetiva/lente normal, é dessa forma batizada justamente por se assemelhar muito a como os seres humanos enxergam o mundo, tanto em angulação, quanto em perspectiva e outras características. Geralmente sua distância focal é de 50 mm em um sensor full frame, sendo muito populares no mercado do audiovisual por sua versatilidade e pouca distorção.
Essas lentes podem a grosso modo ser parâmetros para a distinção entre o que são normais, grande angulares, teleobjetivas, lentes zoom e macro.

Grande Angular e Olho-de-Peixe
As grande angulares são lentes que como dito anteriormente e sendo de fato o que o nome sugere, possuem uma pequena distância focal ampliando seu ângulo de visão. Por essa distância, uma característica notável é a distorção causada nas bordas da imagem. Quando essa angulação é extrema (podendo chegar até 180º), essas objetivas são chamadas de olho-de-peixe justamente pela semelhança ao globo ocular desses animais. Essas lentes são muito comuns em câmeras de ação (como GoPro’s) e utilizadas em conjunto de gimbals, devido a sua alta capacidade de passar a ilusão de estabilidade ao movimento.
Um experimento interessante de se fazer , é tentar filmar algum objeto em movimento com a grande angular e depois com o zoom aplicado ao máximo. A diferença é notável e a estabilidade se mostra bem mais difícil nas teleobjetivas.
Outro fator importante nas grande angulares é a distância focal, enquanto as lentes normais são muito sensíveis e qualquer toque no anel de foco altera a nitidez da imagem, um lente grande angular tem uma boa margem.

Teleobjetivas
Ao contrário das grande angulares, as teleobjetivas são as lentes que possuem distâncias focais maiores do que as normais. Por consequência, possibilitam imagens muito mais ‘próximas’ de assuntos a longas distâncias. Lentes desse tipo são muito utilizadas em fotografias e vídeos de esporte, animais selvagens, shows e palestras, entre outros. Elas causam uma espécie de ‘achatamento’ dos planos fazendo com que a imagem pareça menos tridimensional do que realmente é. E por se tratar de uma longa distância, torna o controle da movimentação manual assim como o foco mais complexas e carecem um pouco mais de atenção.

Lentes Macro
Essas lentes também causam o efeito de ampliação, mas ao contrário das teleobjetivas, são utilizadas para curtíssimas distâncias. É muito comum ver a utilização dessas objetivas na publicidade, principalmente no que diz respeito a produção de material sobre produtos. Sua capacidade de captação de pequenos detalhes é extremamente superior a lentes que não são, ou não possuem essa característica.

Lentes Zoom
Até então só falamos de lentes que possuem distância focal fixa e que se enquadram em uma única categoria das descritas anteriormente. As lentes Zoom, por possuírem a funcionalidade de alterar sua distância focal, podem pertencer a todas as categorias ao mesmo tempo. Essa versatilidade faz com que esse tipo de lente acompanhe câmeras no ‘kit’ logo quando compradas.

Outras características
Algumas outras características podem ser decisivas na hora de comprar uma boa lente, como vimos até aqui as distâncias focais influenciam diretamente no tipo de imagem que será entregue, mas não para por aí.
A abertura do diafragma (ou claridade) por exemplo, é outro fator que impacta nessa influência. Porém, ao invés de modificar o ângulo de visão, ela controla a quantidade de luz que atingirá o sensor. Quanto menor o número do diafragma mais aberto ele é, e por consequência mais clara lente é (por exemplo, uma lente de diafragma 1.7 é muito mais clara do que uma lente 3.5). A característica mais visível que é possível observar com a abertura do diafragma é o famoso ‘desfoque’, quanto mais aberta a lente, maior a profundidade de campo.
Outros fatores são a estabilização e foco eletrônico da lente. Muitas lentes principalmente antigas possuem somente o foco manual, o que pode dificultar um pouco a gravação de vídeos que exigem autofoco contínuo para sua execução. Ao mesmo tempo que pode não fazer tanta diferença para um fotógrafo profissional, ou diretores de fotografia de cinema (locais nos quais existem um aparelho específico para controlar o foco, o follow focus). Já a estabilização, mesmo que sutil nas lentes que a possuem, pode muitas vezes suavizar ou até mesmo eliminar a famosa ‘tremidinha’ quando se está gravando um vídeo sem o auxílio de um gimbal ou outro estabilizador.

É claro que uma boa fotografia, vídeo ou filme não dependem totalmente da lente, mas sim dos profissionais que estão por trás dela e geram conteúdo de qualidade. Aqui na Rush Video trabalhamos com os melhores equipamentos da atual geração, unidos a quase 30 anos de experiência no mercado audiovisual.

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