O mercado se transforma constantemente. São as mais diversas visões de pessoas que já ingressaram na indústria e das que almejam seguir carreira nessa área. Por isso conversamos com Héllen Anjos (produtora) e Larissa Mendes (graduanda em comunicação) para entender como se dão essas perspectivas de mercado, trabalho e futuro na visão delas.
A PRODUÇÃO AUDIOVISUAL EM DUAS PERSPECTIVAS
No Mercado
Héllen Anjos é produtora audiovisual, formada em comunicação social pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Entre seus trabalhos mais recentes destaca-se a produção Drive Thru Okê! no SBT.
Sobre a carreira Héllen coloca que:
“A produção audiovisual é uma área que ao meu ver existem dois caminhos para entrar nela. A primeira é como prestador de serviços, e para isso o ideal é que você seja um microempreendedor individual (tenha MEI), para emitir nota e assim conseguir prestar o serviço de forma regular e sem tantos descontos, pois como pessoa física existem vários impostos e taxas a serem pagos que fazem com que o valor líquido seja bem menor. Sendo um prestador de serviços, você pode atuar em diferentes projetos e num geral a pessoa irá começar como assistente de produção, pois qualquer empresa ou contratante só empregam como produtores pessoas com experiência já de alguns anos na área.
A segunda forma, é por indicação ou já a partir de uma experiência de estágio na área que leve a efetivação. Em ambos os casos ter um portfólio de trabalhos realizados é muito importante, pois é através dele que você comprova que tem os requisitos necessários para lidar com a produção de um projeto audiovisual.
No que diz respeito ao mercado de produção audiovisual, ele não é um mercado de tão fácil acesso, num geral você encontra mais vagas para editores de vídeo, para marketing, para social mídia, mas poucas para produção em si. Além disso, é um mercado que exige bastante networking, quanto mais pessoas do ramo você conhecer melhor, pois mesmo com qualificação e diploma o que conta mais é a indicação.
Apesar das dificuldades para iniciar a carreira, a produção audiovisual é um mercado em expansão, e creio que cada vez mais vagas para esse ramo surgirão, principalmente com o advento do streaming, do investimento e desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação, e também por conta das redes sociais que demandam cada vez mais produções audiovisuais para que as marcas se destaquem.”
Um sonho de carreira
Já Larissa Mendes, é estudante de comunicação e criadora de conteúdo. Além dos quase 60 mil inscritos no YouTube e 7 mil seguidores no Instagram (@lariihmendesz), a comunicadora que é estagiária na afiliada da Rede Globo conta que:
“Minhas expectativas ao entrar na área de produção audiovisual são mais relativas ao meu objetivo profissional do que em relação ao próprio mercado. Tenho o gosto por idealizar projetos e os ver tomando forma, fazendo o possível para que não só atinjam o estágio de produto final, mas também que alcancem as pessoas e tomem reconhecimento. A rotina de produção, por ser algo dinâmico, sempre diferente, com muitas possibilidades de caminhos e decisões para serem tomados, faz parte do que eu procuro como rotina de trabalho, tendo espaço para demonstrar capacidade de planejamento e liderança.
E como nem tudo são flores, retomando às expectativas de mercado, infelizmente as contratações não são como eu gostaria, sendo em sua maioria feitas como PJ, sem a estabilidade que a contratação CLT poderia providenciar. Sem a garantia de que no mês seguinte terei trabalho, sem a certeza de que ao assumir um contrato será possível se vincular a outro com relação ao período de trabalho exigido, sem vários dos direitos garantidos aos trabalhadores CLT… Enfim. Minha expectativa acaba sendo conseguir sobreviver nessa profissão com a sorte de sempre estar vinculada a trabalhos para ter segurança financeira.
Daqui 5 anos pretendo estar no Canadá, provavelmente, tendo recém terminando alguma especialização na área e já trabalhando em alguma produtora ou estúdio.”
São visões convergentes em alguns pontos mas que caminham para um mesmo olhar. E você? Qual sua perspectiva sobre o mercado da produção audiovisual? Conta pra gente nos comentários!
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