Desde que iniciei meu estágio em produção audiovisual na RUSH Video, produtora de vídeo em Campinas, eu já aguardava ansioso pelo momento no qual eu iria para o Rio de Janeiro. Ainda em Outubro de 2019 morando em Wilmington (Carolina do Norte), me inscrevi para o programa Geração Futura, na qual a TV Futura seleciona jovens talentos do audiovisual de universidades de todo o Brasil para a produção de dois interprogramas para inserir em sua grade, ainda sem ter começado de fato o estágio na produtora, comuniquei que havia sido selecionado para tal programa (ainda um pouco receoso), para a minha felicidade, tive o total apoio e estímulo da equipe da RUSH para participar do programa, ainda que afastado por alguns dias, creio que a percepção de que o estágio é acima de tudo para o aprendizado foi fundamental para que eles me apoiassem e isso foi muito importante para meu crescimento como profissional e ser humano.
Para a minha surpresa, após a produção de um vídeo para a inscrição fui selecionado. Passei então 15 dias na cidade maravilhosa com outras 39 pessoas de todo o Brasil, não só produzindo como aprendendo muito. Durante essas duas semanas pude conhecer e ter workshops com grandes personalidades do audiovisual como Luís Nachbin (diretor e produtor de grandes reportagens para a Globo, Futura assim como outras mídias), Márcio Motokane (diretor de criação na Fundação Roberto Marinho), Tcharly Briglia (roteirista), entre outros…
Diferentemente dos canais ditos comerciais, a TV Futura volta sua programação aos educadores, sua grade não visa ao lucro e retroalimenta a própria programação no decorrer do dia. Entretanto, no quesito estrutura não se diferencia muito dos demais canais. Possuindo setor de marketing, produção de programas, organização da grade e análise de dados de audiência a mesma sobrevive do investimento das empresas parceiras da Fundação.
No decorrer da estadia, tive a oportunidade de produzir o interprograma documentário de temática “mulheres inspiradoras” com a poetisa, jornalista, escritora, cantora e atriz Elisa Lucinda, no qual pudemos discorrer sobre a carreira da artista e como ela se torna sinal de resistência e luta para as pessoas que se sentem representadas por ela. Foram produzidos outros três programas que irão ao ar no canal no decorrer de março.
Em um momento no qual o audiovisual está sendo impactado diretamente pelas políticas públicas, um programa como o GF que estimula e dá a oportunidade de produção à pessoas ingressantes no meio, faz com que um olhar pluralizado impacte diretamente no futuro do desenvolvimento da comunicação no país. Faz com que não só o programa seja fonte de aprendizado, mas o convívio com as pessoas de partes tão diferentes seja uma imersão profunda nas culturas do gigantesco Brasil.
Rush Video – Movimentando ideias e talentos.