Rotineiramente, todo início de ano, o mercado, em diferentes áreas, faz um balanço do período que passou a avalia as perspectivas para o novo ciclo que se inicia. O objetivo é analisar erros e acertos sempre úteis para correções de rota, além de vislumbrar tendências para quem sabe, largar na frente e assim conseguir um diferencial competitivo frente à concorrência. No audiovisual não é diferente. E dentro deste contexto vale destacar que o poder do vídeo já é fato consumado e, portanto, um dos destaques na alocação dos budgets, sendo peça fundamental para a eficácia de estratégias de comunicação das organizações, além de estar diretamente relacionado aos hábitos de consumo dos usuários de redes sociais, que apenas no Brasil representam um contingente superior a 150 milhões de pessoas. No mundo, o número alcança a impressionante marca de 4,2 bilhões, o que representa 53,6% da população mundial. Vale destacar ainda que o Brasil tem 152 milhões de usuários de Internet, o que corresponde a 81% da população do país com 10 anos ou mais. A estimativa é da pesquisa TIC Domicílios 2020, promovida pelo Comitê Gestor da Internet do Brasil (CGI.br). Frente a estes dados fica latente a importância de estar sintonizado com as novidades do segmento audiovisual.

· Crescimento de verbas para o desenvolvimento de estratégias em vídeo

De acordo com a pesquisa encomendada em 2021 pela Wyzowl, empresa líder mundial na produção de vídeos animados para o mercado corporativo, 70% dos profissionais de marketing afirmaram que a pandemia impactou positivamente no budget disponível para vídeo, aumentando as verbas disponíveis. E a projeção para 2022 é de uma expansão ainda maior, tanto em volume de produção como na ampliação da demanda para novas áreas das companhias, como TI e jurídico, que normalmente não investiam na criação deste tipo de conteúdo. Contudo, existe um movimento crescente de um melhor aproveitamento da verba disponível e, consequentemente, uma necessidade de soluções criativas e de baixo orçamento.

· A hora e a vez dos Influenciadores virtuais

O Magazine Luíza, que aqui no Brasil tomou a dianteira e desde 2003 investe na concepção da sua influenciadora virtual, é um exemplo de empresa sintonizada com a tendências do universo digital. A estratégia, aliás, ganhou impulso com a recente divulgação de Mark Zuckerberg, CEO do conglomerado recém rebatizado de Meta, que abriga o Facebook, Instagram e Whatsapp, de que pretende criar soluções virtuais amparadas no metaverso para um futuro próximo.

Além de permitir criar um grau intenso de conexão com os clientes, pois quando bem construído é uma síntese de suas personas (clientes ideais), estes personagens reduzem custos de investimentos, como os cachês astronômicos cobrados por influencers reais, sem mencionar o controle da narrativa, com a extinção de problemas como crises de imagem que podem associar a marca a situações embaraçosas nas quais seus divulgadores vez por outra acabam se envolvendo. Um exemplo clássico é o caso da influenciadora digital Gabriela Pugliesi. Primeiro, o nome dela surgiu no noticiário, no início da Pandemia, por causa da festa de casamento de sua irmã, em um resort de luxo na Bahia, onde vários convidados famosos acabaram com Covid-19, incluindo a própria. Depois, ela publicou um texto agradecendo ao coronavírus pela mudança que causou no mundo e nas pessoas. E, por fim, resolveu dar uma festa com amigos em casa, às vésperas do pico da pandemia no país. Logo ela, que ficou famosa justamente por falar de hábitos saudáveis. O resultado foi uma crise de imagem e o cancelamento de contratos de divulgação de marcas, que não queriam estar associadas as polêmicas da influenciadora. De olho neste filão, aliás, a apresentadora Sabrina Sato, criou Satiko, a sua versão digital, um misto de avatar da artista com uma figura dotada de personalidade própria. Num futuro próximo esses personagens devem se multiplicar e se estabelecer como as estrelas dos produtos audiovisuais produzidos pelas marcas.

· Personalização

A crescente demanda por conteúdo audiovisual gerou um efeito colateral importante: a generalização, que numa escalada crescente vem comprometendo o engajamento da audiência. Neste cenário, a proposta do vídeo personalizado, é criar um produto próprio para cada espectador. Neste processo, um conteúdo básico customizável em vídeo é associado a uma lista de clientes, que pode ser exportada do CRM, por exemplo. A partir destas informações, os “espaços” em branco dentro do vídeo são preenchidos e resultam em um material exclusivo. A vantagem é que este tipo de vídeo é capaz de gerar uma média de retenção e engajamento muito superior aos conteúdos genéricos. A Wine, um portal especializado em vinhos, para comemorar o seu aniversário apostou na estratégia e criou a campanha “Nossa história juntos dá até um filme”. A ideia era surpreender os clientes cum um pequeno vídeo que contava a história de cada um deles com a plataforma desde o primeiro momento. O conteúdo incluía informações exclusivas, como nome, tempo de relacionamento, vinho preferido e etc. Segundo a Wine, com esse vídeo personalizado, a taxa de abertura dos emails chegou aos 46% e a taxa de cliques no material foi de quase 60%. Isso num contexto onde ter 15% de taxa de abertura de e-mail é considerado um bom resultado de campanha. Já as taxas de cliques normalmente ficam na casa dos 2%. Ou seja, dos 15% que abrem o e-mail, 2% clicam na CTA (call to action).

· Storyteling

A pandemia, que acabou nos impelindo para o universo virtual, deixou claro para as empresas que hoje a sua comunicação deve ir além de simplesmente discorrer sobre o seu produto ou serviço. É preciso expor seus propósitos, deixar transparecer a sua identidade, desenvolvendo uma narrativa que seja capaz de agregar mais valor à marca. Um bom exemplo são as campanhas de grandes bancos, como Itaú e Santander.

· Experiências imersivas em ambiente real

Cada vez mais lojas, shoppings, aeroportos, só para citar alguns exemplos, apostam em painéis digitais que preenchem todo o ambiente. São as chamadas experiências imersivas em ambiente real, onde não é necessário um gadget, como um celular ou tablet, para ser impactado e se sentir literalmente inserido no próprio conteúdo. Neste modelo de comunicação, os vídeos, que são desenvolvidos e criados a partir de um mapa com o formato, disposição e quantidade das telas, são a ferramenta principal de comunicação e experiência de imersão, sendo quase impossível passar despercebido pelo consumidor.

· Vídeos curtos e virais Sucesso na plataforma TikTok e, posteriormente, no Instagram esta é uma tendência que veio para ficar A ideia aqui é chamar atenção da audiência em poucos segundos. E não existe fórmula pronta para o sucesso. Vídeos fofos, engraçados, curiosos e inesperados costumam chamar mais atenção. A criatividade aqui é palavra de ordem.

· Legendas

Além da inclusão dos deficientes auditivos, que já é imperativa, é preciso considerar que muitas vezes o espectador não contará com um fone de ouvido à sua disposição. Portanto, as legendas são imprescindíveis para viabilizar que o material seja consumido sem som. Existem inúmeros softwares de transcrição automática, mas é sempre necessário revisar o texto, pois ele costuma vir repleto de falhas.

· Reciclagem de conteúdo

Uma palestra filmada ou um evento online gravado pode ser material farto para a produção de pequenos vídeos, úteis para engajar a audiência e gerar expectativa para novas edições, além de tornar o material mais palatável, mais rápido de ser consumido e, portanto, mais atraente.

Conforme vimos ao longo deste artigo, a produção audiovisual é uma tendência muito forte para a comunicação, inclusive das marcas e organizações. A Rush Vídeo, é uma produtora de conteúdo audiovisual de Campinas, há mais de 25 anos estabelecida no mercado. Em seu portifólio, soluções criativas e produções de excelência para atender as diferentes necessidades de produtos em vídeo.

Rush Video – Ideias em Movimento