A Star Plus, plataforma de streaming da Disney, deve desembarcar no Brasil e América Latina em 31 de agosto e por ser um serviço independente, terá um aplicativo separado do Disney Plus. Os assinantes poderão optar por pacotes individuais e ou pelo combo. A novidade chega por aqui para embaralhar ainda mais o mercado, que tem crescido a passos largos e que recentemente ganhou o reforço da HBO Max. Para o público, é mais opção de conteúdo e entretenimento.
Diferencial
De acordo com o CEO da companhia, Bob Chapek, um dos diferenciais da Star Plus é que os assinantes podem assistir a filmes e séries de acordo com classificação etária, definindo limites de acesso ao conteúdo com base nas classificações indicativas, incluindo a capacidade de adicionar um PIN para bloquear os perfis com permissão de visualização de conteúdo adulto. No Disney Plus do Brasil a ferramenta é dispensável, pois a plataforma não inclui conteúdo com classificação 18+, isto é, filmes e séries considerados adequados apenas para espectadores a partir de 18 anos de idade. Por aqui, a proposta do Disney+ é levar aos assinantes conteúdo relevante para o perfil familiar, ou seja, títulos que estejam dentro de um limite aceitável no uso de cenas de violência, armas de fogo, palavrões etc. Mesmo assim, a plataforma conta com filtros e a possibilidade de programar perfis personalizados, com ícone e avatar, com acesso restrito, se o assinante assim desejar.
Custo
A Star Plus estreou na Europa, Austrália, Nova Zelândia e Canadá em 23 de fevereiro, com um preço médio da assinatura girando em torno de R$ 50,00. O valor a ser praticado no Brasil ainda não foi revelado, mas a expectativa é que gire em torno de US$ 7,50 por mês para o serviço independente ou US$ 9,00 por mês para um pacote com o Disney+, valores que convertidos correspondem a aproximadamente R$ 36,40 e R$ 46,80 na cotação atual do dólar.
Catálogo
A nova plataforma, entretanto, não trará os títulos da Disney+, pois, embora sejam serviços independentes, um complementa o outro. O catálogo da Star Plus será composto por filmes e séries direcionados ao público adulto das marcas de propriedade da Disney – como a Disney Television Studios, ABC, FX, 20th Century Studios, 20th Television, Touchstone Pictures , entre outros – incluindo 32 temporadas de “Os Simpsons”, por exemplo. Por enquanto, a família mais louca de Springfield, não por acaso, segue hospedada no Disney+, servindo de chamariz para ajudar a plataforma a decolar. Porém, executivos da companhia já sinalizaram que a animação “tem uma maior identificação com uma nova plataforma que será lançada futuramente”, referindo-se ao Star Plus. E considerando que Disney já informou oficialmente que todas as temporadas de “Os Simpsons” estarão no catálogo do Star Plus, incluindo o filme e os curtas, é muito provável que o seriado esteja arrumando as malas para sair do Disney+ com destino ao STAR Plus a partir de agosto de 2021. Para o primeiro ano, a previsão é de 1.000 novos títulos, que devem se somar aos 1.300 já disponíveis. A plataforma também contará com programação original exclusiva da marca de entretenimento STAR, juntamente com produções originais locais.
No segmento esportivo, acrescido de programação ao vivo e sob demanda, vale destacar que a STAR Plus contará com todo o conteúdo da ESPN. O grupo Disney também detém os direitos de transmissão dos principais campeonatos internacionais de futebol, além da NBA e NFL. No evento em que anunciou a nova data de lançamento do STAR Plus, a Disney confirmou que a Premier League (campeonato inglês), La Liga (campeonato espanhol), Ligue 1 (campeonato francês) e Copa Libertadores da América estarão na plataforma, além do Grand Slan do tênis. Rumores apontam que o campeonato italiano Seria A (campeonato italiano) também está em negociação e deve integrar a grade. Serão quase 500 eventos ao vivo por mês e 10.000 eventos esportivos ao vivo por ano. Vale destacar que a Star Plus não terá propaganda, a exceção ficará por conta apenas dos anúncios veiculados nos intervalos comerciais durante os eventos ao vivo da ESPN.
Star Plus x Hulu
Ao contrário do Hulu, plataforma da Disney disponível para os Estados Unidos e Japão, o Star Plus não incluirá conteúdo de outros estúdios, ou seja, não exibirá programação que não seja de propriedade da Disney. O Hulu, por sua vez, não será expandido para outros países. Diferente do que acontecerá por aqui, os assinantes norte-americanos poderão contratar e assistir o ESPN+ dentro do Hulu, usando o mesmo aplicativo para acessar o conteúdo das duas marcas. Aliás, o modelo que inspirou o lançamento do Star+ foi o Disney+ Hotstar, um serviço de streaming disponível na Índia e Indonésia, onde o Disney+ é vendido junto com um serviço regional chamado Hotstar, uma bem sucedida combinação, que integra ao portfólio programação local popular e esportes de grande apelo regional, como o críquete. Portanto, a companhia não tem planos de expandir o Star Plus para estes mercados.
Atrações
A Disney já revelou algumas das 32 séries inéditas que vão integrar o portfólio da Star Plus a partir do seu lançamento, entre elas estão:
The Old Man – esta série dramática, baseada no romance best-seller de mesmo nome de Thomas Perry, traz Jeff Bridges como um ex-agente da CIA que é forçado a se reconciliar com seu passado. O elenco traz ainda John Lithgow e Amy Brenneman.
American Horror Stories – uma nova série derivada da popular “American Horror Story”.
Platform – assinada por BJ Novak, ator e escritor do premiado de “The Office”, esta série, com episódios de meia hora, pretende contar histórias singulares da sociedade moderna, abordando temas polêmicos e ousados.
Y: The Last Man – série dramática baseada no aclamado seriado de mesmo nome da DC Comics. É ambientada num mundo pós-apocalíptico no qual um evento cataclísmico dizimou todos os mamíferos com um cromossomo Y, exceto um homem cisgênero e seu macaco de estimação. Os episódios acompanham os sobreviventes deste novo mundo e sua luta para reconstruir uma sociedade melhor, mais justa e igualitária.
Only Murders In The Building – série de 10 episódios que acompanha os passos de três estranhos (interpretados por Steve Martin, Martin Short e Selena Gomez) que compartilham uma obsessão por histórias de crimes reais e de repente se veem envolvidos num assassinato.
The Dropout – inspirada no podcast da ABC News de mesmo nome, esta série de oito episódios narra a ascensão e queda de Elizabeth Holmes (interpretada por Kate McKinnon), a bilionária mais jovem do mundo, e de sua empresa, a Theranos.
Dopesick – série de oito episódios que lança um olhar ambicioso, angustiante e atraente para o epicentro da luta contra o vício em opioide nos Estados Unidos. Os retratos impiedosos, mas profundamente humanos, das várias famílias afetadas e suas histórias que se cruzam mostrando a dura realidade americana na luta contra as drogas, na pior epidemia de sua história.
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