LIVE ACTION: TÉCNICA QUE COMBINA ATORES REAIS COM ANIMAÇÃO É O DESTAQUE DE GRANDES PRODUÇÕES
O termo live action ganhou evidência desde que a Disney decidiu produzir remakes de seus grandes clássicos no formato. O recente “Pinóquio”, seguido por “Cruella”, baseado no filme em desenho-animado “101 Dálmatas”, “Mulan”, “Dumbo”, “Aladin”, “A Dama e o Vagabundo”, o “Rei Leão”, “A Bela e a Fera”, “Alice no País das Maravilhas”, encabeçam a lista que este ano deve ganhar reforço da aguardada versão de A Pequena Sereia, estrelada pela jovem atriz e cantora Halle Bailey, que deve chegar aos cinemas no final de maio. Contudo, a técnica pautada em que misturar atores reais com animações 2D e CGI – Computer Graphic Imagery, que são as imagens geradas por computador, não é recente. A primeira experiência data de 1964. No filme “Mary Poppins”, a protagonista, vivida por Julie Andrews, interage com personagens animados, uma inovação que causou furor na ocasião. Mais tarde, em 1988, o filme “Uma Cilada Para Roger Rabbit”, com produção de Steven Spielberg, combinou live- action e animação tradicional, com elementos do cinema noir, para narrar uma história de mistério onde personagens, como a sexy Jessica Rabbit, dublada pela atriz Kathleen Turner, coexistem e interagem com seres humanos. Anos mais tarde, em 1996, o astro do basquete Michael Jordan contracenou com o universo Looney Tunes em “Space Jam – O Jogo do Século”. Mas o Live Action alcançou mesmo aos holofotes quando a Disney entrou em campo e decidiu repaginar títulos adorados pelo público. A iniciativa, inclusive, serviu para atualizar os enredos e engajar as novas gerações.
A Pequena Sereia
No live action – vagamente baseado no conto homônimo de Hans Christian Andersen que narra a história de uma jovem sereia que se apaixona por um príncipe e, para viver este romance, faz um trato com uma feiticeira em troca da sua voz – Ariel é vivida por uma atriz negra, quebrando o estereótipo criado pela Disney da protagonista branca, com longos cabelos ruivos. As heroínas, de um modo geral, estão mais empoderadas e as minorias agora estão representadas nas telas. O formato, inclusive, segue em evidência este ano. Outra produção em live action que está sendo aguardada com euforia pelos fãs é Barbie, que deve chegar aos cinemas no segundo semestre. A boneca mais famosa e polêmica do mundo agora será vivida pela atriz Margot Robbie. Ryan Gosling vive o eterno namorado, Ken. A produção é dirigida por Greta Gerwig, quinta mulher a ser indicada ao Oscar de melhor direção pelo filme “Lady Bird”. Pouco se sabe sobre a história. No entanto, o teaser divulgado pela Warner Bros. dá uma pista do que esperar. O vídeo faz referência ao clássico ”2001: Uma Odisseia no Espaço”, dirigido pelo aclamado cineasta Stanley Kubrick, ao adaptar a cena clássica dos macacos e o monolito. Na tela podemos ver crianças arremessando para o espaço suas bonecas bebês enquanto surge uma gigantesca Margot Robbie vestida com as roupas da primeira Barbie, em referência a revolução que este lançamento promoveu na indústria dos brinquedos.
Netflix
Até a gigante do streaming resolveu apostar as suas fichas no live action e este ano deve lançar a série baseada em “Avatar – A Lenda de Aang”, também prevista para o segundo semestre. A plataforma ainda faz mistério, mas já é sabido que as gravações da primeira temporada estão concluídas. Através do Twitter, a Netflix fez um enigmático anúncio sobre a adaptação, fazendo referência aos quatro elementos da natureza – água, terra, fogo e ar – que devem ser o foco da narrativa. Uma fonte ligada ao projeto revelou que a temporada de estreia é definida como ‘Livro 1: Água‘, enquanto a segunda e a terceira, que devem ser gravadas simultaneamente, serão focadas nas tribos da Terra e do Fogo, respectivamente. Vale ressaltar que “Avatar: A Lenda de Aang”, nada tem a ver com os filmes de James Cameron. Trata-se de uma animação do início dos anos 2000, que ganhou uma nova legião de fãs com sua chegada no streaming. No contexto da história, avatar é uma pessoa capaz de dominar os quatro elementos.
E os fãs podem ficar sossegados, porque a Disney já anunciou as histórias que, em breve, devem chegar às telas em versão em live action: “Peter Pan & Wendy”, “Mufasa: O Rei Leão”, um prelúdio da história original, além de “Branca de Neve e os Sete Anões” com Rachel Zegler, de “Amor, Sublime Amor”, no papel da protagonista e Gal Gadot como a rainha má.
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