Muitos são os detalhes técnicos necessários para assegurar uma produção de qualidade, visualmente atrativa e com uma narrativa ritmada, capaz de prender a atenção do expectador. Roteiro bem estruturado, uma trilha sonora coerente com o contexto, uma bela fotografia, são alguns dos elementos essenciais. Independente do gênero e finalidade do conteúdo, seja filme, documentário, publicidade, institucional a receita do sucesso leva basicamente os mesmos ingredientes. A Rush Video, produtora de vídeo em Campinas, com mais de 20 anos de trajetória na produção de conteúdo audiovisual, está sempre atenta a qualidade destes elementos para assegurar o melhor produto aos seus clientes. Mas todo grande chef têm seus segredos e neste universo não é diferente. A cereja do bolo pode vir na forma de movimentos de câmera, uma edição primorosa e uma boa pitada de ousadia, necessária para incrementar até mesmo uma boa receita. Os profissionais da Rush estão sempre atentos a estes detalhes e por isso, o filme 1917, um dos indicados ao Oscar 2020, acabou chamando a atenção pela técnica cinematográfica impecável.
O novo filme de Sam Mendes, apostou numa edição primorosa para dar ao longa ares de um plano-sequência. O resultado é de tirar o fôlego. Durante suas 1h59 este épico ambientado durante a Primeira Guerra Mundial foi estruturado de forma a dar a impressão de que todo o registro da ação foi realizado num único take, sem cortes. Para conseguir este efeito, é preciso que atores e equipe técnica estejam em perfeita sincronia. Toda a ação e seu registro precisam ser minuciosamente coreografados e ensaiados para que as transições ganhem na edição um encaixe perfeito, de forma que fiquem praticamente imperceptíveis. Um resultado que exige muito planejamento nas etapas de pré-produção, além de uma equipe afiada, com profissionais altamente qualificados e muito bem integrados.
Outras produções, célebres entre os amantes da sétima arte, já se valeram deste recurso com resultados igualmente surpreendentes. Foi assim com Birdman, ganhador do Oscar de Melhor Filme em 2015, onde o diretor Alejandro Iñárritu aposta numa edição minimalista, que consegue esconder os cortes, para narrar de forma sequencial a trajetória de um ator que precisa encarar as consequências de alguns atos do passado. Mas o recurso não chega a ser uma novidade. Com equipamentos rudimentares, se comparados às câmeras digitais de alta resolução e toda a parafernália hi-tech disponível hoje, o mestre do suspense Alfred Hitchcock já gostava de inovar na edição de seus filmes. Festim Diabólico, de 1948, foi uma das primeiras produções filmadas para parecer uma única longa tomada, simulando um extenso plano sequência o que, na época, seria impossível de se conseguir, já que os rolos de filme não eram capazes de gravar um longa-metragem inteiro. “Festim Diabólico”, cuja narrativa se passa em tempo real, sendo reforçada pela linguagem visual, é composto de 10 planos sequência, que variam de takes de quatro minutos e meio a takes de pouco mais de dez minutos. Para passar a impressão de que não houveram cortes durante as filmagens, o diretor trocava o rolo de filme focando fundos ou objetos escuros.
Filmar usado a técnica de plano sequência exige também capacidade de improviso de todos os envolvidos, para driblar possíveis deslizes sem comprometer toda a cena. Em grandes produções um único take pode consumir um dia inteiro e se valendo da máxima de que tempo é dinheiro e considerando as cifras milionárias envolvidas, o erro promove atrasos no cronograma e eleva os custos.
Por isso, este é um processo que pede precisão cirúrgica e obviamente um empenho extra dos cineastas. Produzir arte num ambiente tão complexo é para poucos e Hollywood costuma recompensar o esforço. 1917 está indicado em 10 categorias, entre elas melhor filme e direção.
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