O Oscar 2015 representou algumas críticas ao modelo atual de cinema e blockbusters
O Oscar 2015 aconteceu no início do ano, e trouxe algumas novidades, tabus e críticas ácidas por parte dos organizadores.
A cerimônia foi marcada por alguns discursos polêmicos como o da equipe do documentário CitizenFour, que conta a história de Edward Snowden, que revelou dados sigilosos que tratavam do governo americano sobre outras nações. Ao receber o Oscar, os produtores do saudaram a atitude e coragem do hacker, afirmando que, sem liberdade não há democracia.
Um outro ponto criticado amplamente pela internet foi a piada feita pelo apresentador Neil Patrick Harris: “Hoje celebramos os mais brancos, ops, os mais brilhantes”, clara referencia e critica a supremacia branca dos indicados ao Oscar nesse ano.
Mas o mais interessante em observar foi a grande crítica implica sobre os Blockbusters americanos.
Esse foco pode ser visto no número musical protagonizado por Neil Patrick Harris e Anna Kendrick que contou a participação do comediante e cantor Jack Black. Em sua parte Black ironiza como a indústria cinematográfica está se apoiando em filmes fracos de roteiro, sequencias cheias de efeitos especiais e principalmente, em filmes de super-heróis.
Não fosse essa pequena menção, podemos perceber que a crítica generalizada, quando a cerimônia premia Birdman como o melhor filme.
Afinal, Birdman, é um filme que por si só já satiriza e ironiza o modelo clássico de Hollywood, assim como o atual padrão de blockbuster de Super-Heróis.
Há de se perceber que apesar da crescente leva de filmes como esse (Que não irão parar tão cedo) a academia não se curva e nem encoraja essa tendência de Hollywood. Como podemos observar na premiação de melhores efeitos especiais, onde 3 dos 5 filmes eram de super-herói, nenhum deles saiu com a estatueta.
E assim podemos ver que apesar da inarredável invasão das grandes continuações, remakes e super-heróis no cinema não devem parar tão cedo, mas também não possuem a aprovação o Oscar.